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sexta-feira, 21 de março de 2008

A verdadeira história de Katrin Malen


Indonésia 1948

Após uma intensa reforma, o hospital infantil de Santem, iria ser reaberto. Passou por um forte incêndio no ano anterior, cujas causas até hoje são desconhecidas.
Kur Hants um conceituado fotógrafo alemão, entrou sozinho no prédio para registrar as mudanças do local e fazer uma matéria sobre a renovação do prédio após a tragédia.

Caminhou por vários andares, mas ao chegar ao último sentiu algo estranho, estava frio e sentia como se algo o observasse, mesmo com maus pressentimentos continuou seu trabalho.

Ao focar sua câmera para uma das portas que davam acesso à ala psiquiátrica, notou uma mancha na lente da câmera, ao limpá-la percebeu que não havia nada ali.

Ele movimentava seu equipamento, e a sombra parecia imóvel. Kur nunca havia passado por isso, pensou se tratar de alguma brincadeira, continuou a fotografar. Quando estranhos barulhos, que se assemelhavam de uma menina se debatendo contra a porta, começaram a ficar intensos, Kur correu pensando ser alguém em apuros.

Kur abriu a porta, algo violentamente atravessou seu peito, perfurando seu coração. A câmera caiu e por muita sorte não se danificou.


Cidade de Santem 1946

Enila, Ceron e Katrin, formavam uma família feliz, moravam em um humilde sítio, que com o avanço da cidade estava ficando cada vez menor e a situação financeira deles ficava cada vez pior.

Katrin gostava muito de seus pais, era uma menina encantadora de apenas 11 anos. Brincava sempre sozinha com os poucos animais da fazenda.


Enila era uma mulher muito justa e batalhadora, sempre conseguiu manter o equilíbrio na casa, mesmo passando por tantas dificuldades.

Depois de alguns meses a situação começou a se complicar, era época de seca, as plantações estavam morrendo e a única solução encontrada por Ceron foi vender um de seus cavalos.

Era uma tarde nublada Ceron amarrou o animal numa carroça, consigo levou algumas armas e pólvora para tentar vender no mercado da cidade.

Katrin pede para que ele traga uma boneca que ela tanta desejava, pois seu aniversário estava muito próximo. Muito triste e com pena de sua filha ele diz que irá tentar realizar o sonho da menina.
Várias horas se passaram, começou a trovejar, Ceron retornava para sua casa. Conseguiu vender apenas o cavalo, não achou comprador para o restante do material que levava.

Katrin avista seu pai, vindo pela estrada, muito contente e aguardando ansiosa por seu presente, corre e avisa sua mãe.

As duas aguardam na porta da residência, quando um forte raio cai pelas redondezas, o som do trovão foi tão forte que fez com que o cavalo se assustasse. Ceron perdeu controle das rédias, em pânico o animal tenta fugir, mas continuava preso à carroça.

Katrin e sua mãe tentaram correr para ajudar, mas a carroça vira, uma pequena faísca é produzida, acidentalmente a pólvora se espalha, causando assim uma enorme explosão.

Ceron gritava muito, seus pedidos de ajuda podiam ser ouvidos à distância. Mãe e filha nada puderam fazer a não ser assistir a morte dele.

Alguns objetos que estavam na carroça foram arremessados com a explosão, dentre eles estava a boneca que Katrin tanto desejava. Intacta, a menina encontra e abraçada ao seu novo brinquedo fica paralisada e parecia não acreditar que havia perdido seu tão amado pai.


As chamas arderam por mais de uma hora e se alastraram pelo capim seco, muitas pessoas tentaram ajudar. Nada se salvou a não ser a casa onde elas moravam.

Depois de algum tempo, Enila recebeu uma proposta de venda daquele local onde queriam construir um grande hospital. Sem pensar muito aceitou.

Compraram uma casa no centro de Santem e com o restante do dinheiro poderiam viver sossegadas, já que aquele local era muito valioso.

Após a morte de seu pai Katrin passou a ser uma menina triste e ainda mais solitária, pois pouco falava e nunca mais se separou do ultimo presente que recebeu dele.

Apenas um cachorro foi levado para a casa nova. A mudança foi difícil para as duas, Katrin sofreu aos prantos entrou em sua nova moradia.

Desde então seus trajes passaram a ser pretos, se fechou para o mundo. Renegou toda a ajuda que lhe foi oferecida.

Enila preocupava-se e seu único consolo era pensar que tudo aquilo não passava de uma difícil fase.

Um ano depois...
Katrin, nunca saia de casa, isto fez com que sua pele ficasse extremamente clara e pálida.

Todas as noites, Enila escutava Katrin conversar com alguém e ao espiar constatava que ela tinha a boneca como melhor amiga.

Numa noite, algo de estranho aconteceu, Katrin chorava muito e chamava por seu pai. Pensando em se tratar apenas de mais um sonho, Enila corre para ver o que estava acontecendo. Assustou-se ao encontrar a boneca suja de sangue, Katrin continuava a gritar, sua mãe a acalma e depois a questiona sobre a boneca, sem obter nenhuma resposta recolhe o brinquedo de sua filha e vai para fora tentar limpar.

Quando abriu a porta dos fundos, encontrou o cachorro morto, seu peito perfurado e com um vazio no local do coração.

Enila ficou apavorada com a cena, num primeiro momento pensou ter sido obra de algum assaltante ou pessoa mal intencionada.

Katrin acalma-se e vai dormir.

Devido ao susto, Enila nem se importa com a boneca suja, limpa e devolve para sua filha.

A notícia se espalhou e todos pensavam ser algum maníaco rondando a vizinhança.

Desde este dia a vida das duas tornou-se atormentadora, noite após noite, acontecimentos estranhos começaram a ocorrer na humilde casa.

Armários abriam misteriosamente, objetos desapareciam e sons estranhos deixavam o ambiente aterrorizante.

Enila não sabia mais o que fazer, sua única saída foi pedir para que sua irmã e sobrinha viessem ficar por um tempo na casa delas, pois com mais pessoas elas ficariam seguras.

Por dois meses a situação ficou calma.

O ano já era início do ano de 1947, o novo hospital da cidade iria inaugurar, muita expectativa rondava aquele povo, pois grande tecnologia foi utilizada naquele local.

Katrin continuava sendo a mesma menina calada e séria de sempre, nunca havia falado mais do que duas palavras com sua prima Malina, que tinha a mesma idade.


Malina sempre quis brincar com a boneca de Katrin, mas sempre foi rejeitada por ela.

Num domingo, todas vão dormir logo cedo. No meio da noite Enila sente um cheiro de fumaça, se levanta e depara-se com sua cozinha em chamas. Todos os vizinhos acordam e correm para ajudá-la.

Próximo a porta de saída encontram a boneca de Katrin, levemente queimada, mas sem grandes estragos. Enila estranha e decide jogar o brinquedo fora.

Após passar o susto, todos voltam a dormir.

No dia seguinte, Enila encontra Katrin dormindo com a boneca que ela tinha jogado fora.

Enila cala-se e começa a desconfiar de sua filha, pois ela era perturbada e misteriosa.

Em um dia que Katrin estava em outro cômodo da casa, Malina pega a boneca de sua prima e começa a brincar. Katrin retorna e encontra sua prima com a boneca. Revoltada, pela primeira diz uma única frase. "- Você irá se arrepender por isso!"

Malina solta o brinquedo e vai de encontro à sua mãe.

Naquela noite daquele mesmo dia, novos acontecimentos estranhos tiveram início desta vez quem gritava muito era Malina que dormia no mesmo quarto que Katrin.

Enila e sua irmã correm para ver o que estava acontecendo. O choque foi grande ao ver Malina morta e também com um buraco em seu peito. O olhar de Katrin era intenso, ficou parada em pé com a boneca em sua mão direita olhando para o corpo da menina. Suas mãos estavam sujas de sangue assim como a boneca.

Enila não conseguia acreditar que sua filha havia matado sua própria prima. Espanca a menina, que não teve nenhuma reação.

Katrin permaneceu dois meses acorrentada na cama, até que o novo hospital fosse aberto ao público.

A mãe de Malina foi embora e nunca mais deu qualquer notícia.

Enila chorava muito, mas internar Katrin era a única solução. A boneca foi mais uma vez retirada das mãos da menina.

Já internada no hospital, Katrin recusava-se a usar as roupas dos internos e continuava com seus trajes pretos.

Mais um mês se passou. Katrin estava piorando a cada dia, queria de qualquer forma sua boneca de volta. Os médicos acharam melhor que ela tivesse seu desejo realizado.

Enila assim o fez, no dia da visita quis entregar pessoalmente e ficar a sós com ela.

Depois de uma hora, os médicos acharam estranho o silêncio e a demora, abriram a porta da sala: Katrin havia matado sua própria mãe e com as próprias unhas arrancou seu coração e comia como se fosse um saboroso doce.

Os médicos ficaram abismados com o que viram. Katrin foi novamente amarrada e sedada.

A notícia se espalhou, todos na cidade temiam a menina e principalmente sua boneca, pois muitos acreditavam ser um objeto amaldiçoado.

Mais dois meses se passou, a aparência de Katrin era horrível, com muitas olheiras, cabelos negros e compridos.

Os médicos e enfermeiras a temiam, eram poucos os que chegavam perto dela.

Toda a equipe achou por bem retirar novamente a boneca de suas mãos. Neste dia a situação se complicou. Katrin dava gritos, e negava-se a entregar seu brinquedo.

Mesmo lutando, a boneca foi levada para o incinerador. No exato momento em que foi jogada no fogo o prédio do hospital também começa a arder em chamas.

Em segundos o fogo se alastrou, a ala das crianças foi atingida, ninguém conseguiu fazer nada. Centenas de pessoas morreram naquele dia.

Katrin também foi carbonizada, poucos se salvaram.

Mesmo com a grande tragédia, muitos se alegraram ao saber que Katrin havia morrido, pois assim davam por encerrada as ações macabras daquela menina.

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Um amigo de Kur, estranha a demora de seu amigo, ao procurar por todos os andares do hospital, encontra sua câmera caída e logo em seguida seu corpo, com uma grande perfuração no peito.
As fotos de Kur são reveladas, mas o temor foi enorme ao constatarem a presença de uma menina vestida de preto na foto. Muitos estudiosos se interessaram pelo assunto e acabaram loucos e internados em clínicas e hospitais onde juram ver a mesma menina da foto.

Os moradores de Santem, afirmam que o espírito de Katrin ainda vive. A ala onde ela foi internada acabou sendo desativada.


A lenda de Katrin espalhou-se pelo mundo, sua foto foi julgada como montagem e a verdadeira história desapareceu com o passar dos anos.

O único mistério não revelado e nunca descoberto, foi o poder que sua boneca exercia, mas ela nunca passou de um simples brinquedo. Katrin era má e a morte de seu pai fez com que nela brotasse poderes psíquicos que eram capazes de alterar o curso natural da vida.

Seu espírito permanece imortalizado em sua única foto, Katrin ainda vive na mente das pessoas que a observam por muito tempo.

domingo, 16 de março de 2008

Vivendo depois de morto

Ele se chamava Selvin, veio dos EUA para o Brasil há alguns anos atrás, estudar alguns possíveis casos de paranormalismo que estavam acontecendo no interior de Santa Catarina.
Mudou-se para um hotel, onde ficou hospedado por uns dois meses fazendo uma pesquisa.
Corriam boatos pela cidade que havia sido descoberto uma casa no meio de uma mata onde tinha ocorrido um assassinato em série no ano de 1925.
Curioso demais decidiu que no dia seguinte bem cedo iria até a cabana misteriosa.

Cinco da manhã.
O sino da pequena igreja toca, acorda e se veste com roupas resistentes. Sai rapidamente, antes que outras pessoas percebam. Ainda estava meio escuro, mas até chegar à mata o sol já teria nascido.

Um conhecido havia explicado como chegar na casa. Naquele momento se interessava mais em tirar fotos para divulgá-las posteriormente.
Entrou na mata e foi caminhando em direção ao sol. Ruídos estranhos pareciam o acompanhar, nem ligou pois poderiam ser pássaros ou lagartos.
Depois de uma hora de caminha encontrou a pequena cabana, meio que com medo decidiu entrar e fotografar o mais rápido possível..

Dentro da casa repara que tudo está muito velho e sujo, na sala encontra uma foto de um homem com um olhar vibrande que parecia lhe observar.


Começou a tirar as fotos, primeiro do lado de fora depois tirou do quadro e dos outros cômodos da casa, até aí tudo normal.

A máquina de Selvin era digital, então antes de ir resolveu dar uma conferida nas fotos.

Começou a olhar e tudo estava correto, mas percebeu algo estranho: o quadro não havia saído na foto, tudo estava lá: a parede a moldura a sujeira menos a foto do homem.
Olha para a parede e a foto estava lá, pensou que poderia ter ocorrido um erro e novamente fotografou. Para seu espanto o homem não aparecia na imagem.
Assustado decidiu ir para o hotel. Estava quase saindo quando escutou uma voz bem baixinha cantando, olhou para o quadro e o misterioso homem parecia sorrir ele. Ficou gelado na mesma hora e suas pernas amoleceram.

Mesmo assim resolveu chegar bem perto para passar a mão no quadro, e quando tocou sentiu uma mão em seu ombro, rapidamente se virou e encontrou o homem do quadro com uma enxada em suas mãos, começou a gritar por socorro mas o homem empurrou Selvin para um canto da casa, levantou sua arma e começou a cantar a mesma música que Selvin ouviu quando estava para sair da casa.

O homem olhou profundamente em seus olhos e disse dando risadas: "Agora é a sua vez!!!!"
Depois disso Selvin não viu mais nada.

A única coisa que ele vê hoje é a visão da porta da casa e a lembrança do homem todo ensangüentado sumindo no meio da mata com uma enchada apoiada nos ombros.

Selvin ficou preso no mesmo quadro onde o homem estava, e o único meio de poder sair de lá vai ser quando outra pessoa tocar a foto, assim ele poderá matá-la e aprisioná-la naquele maldito quadro.
Desta forma Selvin terá pelo menos a chance de vagar pela Terra como aquele que viveu após a Morte.

sábado, 15 de março de 2008

O Chamado 2

● Sinopse: Seis meses após os bizarros acontecimentos do primeiro filme, Rachel e Aidan estão morando em uma pequena comunidade litorânea em Oregon, tentando fugir das aterrorizantes memórias. Após um terrível assassinato ter como única pista uma fita de vídeo sem nenhuma identificação, Rachel desconfia que Samara ainda esteja atrás de sua família e todo o ciclo de horror começa a se repetir em suas vidas.

Elenco :

- Ator/Atriz Personagem

- Naomi Watts clique para ver o perfil Rachel Keller

- David Dorfman Aidan Keller

- Daveigh Chase Samara

- Sissy Spacek clique para ver o perfil Evelyn

- Simon Baker Max Rourke

- Elizabeth Perkins Dra. Emma Temple

- Emily VanCamp Emily

- Ryan Merriman Jake

O Chamado

Sinopse: Rachel Keller (Naomi Watts) é uma repórter que decide investigar a misteriosa morte de sua sobrinha. Ela assiste a uma fita amaldiçoada, que possivelmente teria uma ligação não só com esse caso, mas com diversas outras mortes repentinas. Ela recebe então o chamado, que a avisa de seu prazo de sete dias para reverter a maldição e, assim, impedir que a morte bata à sua porta.

Elenco :

- Ator/Atriz Personagem

- Naomi Watts clique para ver o perfil Rachel Keller

- Daveigh Chase Samara Morgan

- Rachael Bella Rebecca 'Becca' Kotler

- Amber Tamblyn Katie Embry

- Lindsay Frost Ruth Embry

- Jane Alexander Dr. Grasnik

- David Dorfman Aidan Keller

- Martin Henderson Noah Clay

- Brian Cox clique para ver o perfil Richard Morgan

- Shannon Cochran Anna Morgan

Doces Sonhos

Nove e quinze de uma manhã ensolarada de terça feira, Jaqueline aguarda sentada em uma das poltronas da recepção do consultório médico do Dr. Tavares.
Suas noites estavam difíceis, pois a insônia predominava há semanas, seu belo rosto jovem de apenas vinte e cinco anos parecia cansado e doente. Provavelmente pela falta de descanso, ela vinha tendo algumas alucinações com vultos e imagens estranhas.
Aguardou por dez minutos, até que a paciente anterior abre a porta e sai da sala do médico.
Já muito inquieta e com sinais de irritação ela é chamada para a consulta.
Era a primeira vez que ela se tratava com o Dr. Tavares, aparentemente era um homem calmo e parecia gostar de sua profissão, o que causava estranheza era uma cruz invertida pendurada atrás da porta. Era muito pequena, mas como boa observadora, notara o objeto.
Disse para Jaqueline, que estes eram sintomas de um princípio de depressão, espantada ela pede um remédio, o médico diz para ela se dirigir para uma outra sala onde a enfermeira iria aplicar uma injeção que faria com que ela dormisse por um bom tempo até que retomasse suas forças.
Após ser medicada ela volta para o consultório, agradece o médico, e sente um certo incômodo, principalmente um pouco de dor em seu peito esquerdo onde possuía uma marca de nascença.

A injeção começa a fazer efeito por volta das duas horas da tarde, Jaqueline sente muito sono e segue para seu quarto onde poderia finalmente repousar.

Seu sono era profundo, mas alguns de seus sentidos permaneciam inalterados. Com o passar das horas, pesadelos começavam a se formar junto com alucinações demoníacas que faziam com que Jaqueline se mexesse muito na cama.

Na manhã seguinte Jaqueline acorda com uma forte dor de cabeça e sua marca de nascença doía. Nem se preocupou muito, pois pensava ser efeito do remédio.
Apesar de ter dormido por muito tempo ainda sentia-se cansada e com medo de algo que ela nem sabia ao certo do que se tratava.

Quase à noite, por volta das seis e meia da tarde, Jaqueline novamente sente sono e feliz por pensar estar curada segue para um bom banho, morava sozinha em uma bela casa muito próxima ao centro da cidade, o telefone toca, sai com uma toalha branca enrolada em seu corpo. Ao atender, nota que a voz era familiar, mas repentinamente o telefone ficou mudo.

Jaqueline acorda deitada na cama e enrolada em uma toalha amarela.

Sua memória estava falhando, chovia muito, ela estranha, pois antes de atender ao telefone estava uma bela tarde quente. Nem nota o fato da cor da toalha ser diferente.

Anda até a sala onde ao olhar para o relógio toma um susto ao ver que marcava cinco e trinta e quatro da tarde, muito confusa liga a televisão e assusta-se com o fato de já ter se passado um dia.
Preocupada e pensando ter desmaiado, marca uma nova consulta com o médico.

Nesta noite, a insônia voltara e Jaqueline nota que sua marca aumentara de tamanho.
Rápidas alucinações de pessoas pedindo ajuda vêem à sua cabeça.

Na manhã seguinte, já no consultório explica para o Dr. Tavares o que aconteceu com ela nos últimos dois dias. Ele diz que era perfeitamente normal, já que ela tomou um medicamento muito forte. Sobre os pesadelos e alucinações, dizia ele que eram apenas mais algumas reações.
Jaqueline com receio não comentou sobre as dores e o aumento de sua cicatriz.
Novamente a cruz invertida a incomoda muito.

Quando assinava sua ficha na recepção, sentiu-se mal e a lembrança de seu falecido pai vem a cabeça. A recepcionista preocupa-se, mas Jaqueline nega qualquer ajuda.

Jaqueline, sem dar muita importância para isso, entra em seu carro e vai até um supermercado fazer algumas compras.

Anda calmamente, realizando suas compras, por ser muito cedo o movimento era pequeno e ela tinha a impressão de ver vultos correndo entre as prateleiras. Sentia que alguém a vigiava e perseguia.

Compra tudo o que precisa e novamente volta para sua casa.

O sono retorna e Jaqueline deita-se para tentar dormir mais um pouco.

Morava sozinha, pois seus pais e dois irmãos haviam morrido em um acidente de carro quando voltavam da praia, felizmente Jaqueline trabalhava naquele dia e não pode acompanhá-los.
Dois anos já passaram, mas a lembrança deles ainda era viva em sua memória, Jaqueline acreditava em espíritos e em muitas noites sonhava que eles ainda estavam ao seu lado.

Nessa noite em especial, Jaqueline sonhara que estava nua em uma rua muito escura e sua mãe aparecia apontando para o ferimento em seu seio e logo após ela desaparecia e uma imagem que se assemelhava a de um demônio aparecia em seu lugar.

A família de Jaqueline era atéia e em algumas ocasiões seu pai procurou nas forças malignas a solução de seus problemas.

Jaqueline continuava a ter pesadelos, e sempre vinham acompanhados de imagens de demônios, em certo momento em seu sonho sentiu um forte sangramento proveniente de sua ferida no peito.

Assustada corria em direção a uma fogueira que não a queimava. Ao entrar em meio às chamas sente a presença do Dr. Tavares, no exato momento em que iria olhar de perto para confirmar sua suspeita, ela acorda.

O medo era real, ao abrir seus olhos depara-se com o médico na sua frente, suas mãos estavam amarradas na cama. Dr. Tavares realizava um ritual de magia negra.
Jaqueline gritava muito, mas infelizmente nenhum de seus vizinhos conseguiu escutar seus pedidos de ajuda.
Jaqueline chorava demasiadamente, pensava que seria estuprada ou roubada, mas o médico tinha outros planos para ela.

O dia amanhece, e Jaqueline continuava amarrada, Tavares dormiu no mesmo quarto e com muito cinismo explicou que conseguiu roubar de sua bolsa uma cópia da chave de sua casa.

Tavares rasga a roupa de Jaqueline, e dá início ao ritual do sacrifício, que duraria muitas horas ou até mesmo dias.

Um pentagrama é desenhado com um canivete em sua barriga, os gritos de dor e desespero foram abafados com uma amordaça.

O sangue escorria lentamente até o lençol, sua pele estava rasgada e queimava muito, pois pingos de vela foram jogados em cima dos cortes.

A cicatriz de Jaqueline parecia ganhar mais forma e tamanho, transformando-se em uma cruz invertida, símbolo do satanismo.

Tavares realizava algumas orações em uma linguagem estranha, Jaqueline sente algo estranho, sua visão lentamente escurece e uma forma demoníaca surge em meio à escuridão. Essa força das trevas parecia conduzir seu espírito a um lugar repleto de fogo.
Repentinamente Jaqueline volta a si, novamente sentido dores insuportáveis vindas da mutilação de um de seus dedos do pé.

Desejava a morte acima de qualquer coisa, pois aquilo era uma situação inimaginável.

Dois dias se passaram.

Jaqueline foi levada para um matagal, agonizando e sem forças ainda resistia às mutilações, quase todo seu corpo já possuía cortes e queimaduras, por pouco não sofreu uma grave hemorragia.

Muito fraca e sem voz por tentar gritar ainda insiste em perguntar o motivo daquilo. Tavares olha para Jaqueline e leva até seus lábios o sangue que escorria de seu abdômen. Sabendo que ela estava em seus últimos dias decide revelar a verdade:

Tavares e Mário, pai de Jaqueline, estudaram juntos na faculdade e descobriram o poder da magia negra. Renunciando a Deus, partiram para o lado do Demônio e conseguiram inúmeras conquistas.

O pai de Jaqueline prometeu sua filha mais velha às trevas se ele conseguisse um status social e reconhecimento da classe médica.
Numa semana após seu nascimento a menina foi marcada com a cruz invertida, em algum dia seria serva ao diabo que viria buscá-la.
Tavares também pediu dinheiro e sucesso e em troca, prometeu acabar com a família de Jaqueline, onde suas almas seriam transportadas para o inferno.
No dia antes do acidente, Tavares mexeu no motor do carro da família, provocando o acidente e morte de todos.
Jaqueline sobreviveu por vontade de Satã, pois para ela existiriam outros planos.


Jaqueline estava em seus últimos momentos, Tavares retirou a amordaça e em seu último suspiro olhou para o médico e mandou-o ir para o inferno.

Tavares riu e cravou uma faca no coração da moça, que nem teve como reagir. Morreu instantaneamente.

O médico teve uma surpresa quando reparou que os ferimentos do corpo de Jaqueline começaram a se regenerar. Lentamente ela retorna à vida, só que desta vez possuída por algo muito poderoso.
Com uma força descomunal arrebenta as cordas que a prendiam e agarra Tavares pelo pescoço. Uma voz grossa e medonha diz que chegou a hora dele pagar a dívida e seu lugar já estava reservado.
Tenta lutar, mas inutilmente consegue alguma coisa. Ele é enforcado.

Jaqueline foi enviada das trevas, para cobrar as dívidas de seu supremo, atrás de uma pessoa simples e aparentemente calma existia a mais confiável filha do demônio.

 
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